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Olimpíada Brasileira de Professores de Matemática 

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A ideia super original partiu de um grupo de Ex-Alunos da Turma de 1989 do ITA! 

Desafiando a tradição e ampliando os horizontes do conhecimento matemático, uma competição singular surgiu das cabeças pensantes da T89. Os mestres se tornam os aprendizes, rompendo com o paradigma convencional das competições estudantis.

Esta iniciativa ousada e inovadora será contada pelo Ponto Focal da T89, Euben Monteiro, Engenheiro Mecânico-Aeronáutico, que hoje atua como sócio-diretor na área de Estratégia, Gestão de Operações e M&A (fusões e aquisições) da Ballista Capital Assessoria, uma startup de investimento que busca oportunidades de crescimento e inovação no mercado financeiro.

Euben Monteiro reconhece e considera o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) fundamental na sua formação, por demonstrar, através da ênfase na Disciplina Consciente (DC), que “é possível ter uma comunidade de pessoas no Brasil com alto padrão ético, mesmo considerando os desafios da nossa cultura”. Ele enfrentou, ao longo da sua carreira, vários dilemas de natureza ética, especialmente quando atingiu sua plenitude como gestor, e não teve dúvidas de fazer renúncias importantes em favor do que era correto.

Nessa entrevista, o iteano conta da iniciativa de boa parte da sua turma, que se reúne toda sexta-feira em um happy hour virtual. Num desses eventos, alguém começou a falar dos desafios do Brasil e veio logo a ideia: “por que não fazemos algo pra ajudar?” Isso foi no início de 2021, no meio da pandemia. Foi então que, buscando as causas-raiz dos problemas brasileiros, elegeram a Educação como tema mais evidente, e foram aprofundando a análise, em sextas-feiras sucessivas. Concluíram que o ponto frágil era o ensino médio, exatamente onde ocorre a maior evasão escolar e, principalmente, o público estadual, onde há maior disparidade com relação ao setor privado em exames de proficiência.

“Dentro da Educação, escolhemos a Matemática, por ser um tema ‘nativo’ para nós, engenheiros do ITA, e por ser uma das matérias fundamentais relacionadas à competitividade dos países, e onde o Brasil mais se destacava negativamente no exame do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA)”, esclarece Euben.

Identificaram, então, as olimpíadas como forma de gerar o impacto mais abrangente. E, então, resolveram ousar, pois já existem muitas direcionadas para alunos, mas nenhuma para professores. Foi daí que surgiu a Olimpíada Brasileira de Professores de Matemática.

O objetivo da Turma 89 era identificar e reconhecer os professores de Matemática do nível médio com a maior contribuição para o ensino da disciplina e, assim, promover a disseminação de boas práticas e um incentivo para que os docentes buscassem a excelência. “Desta forma, esperávamos impactar indiretamente muito mais alunos do que os que naturalmente já se interessam por participar eles mesmos de olimpíadas de Matemática.”

Nem foi necessário a criação de alguma entidade para servir de retaguarda ao projeto, pois se apoiaram em parceiros, como a Fundação de Desenvolvimento da Universidade Estadual de Campinas (FUNCAMP), para algumas atividades administrativas.

O projeto passou por várias etapas. Em meados de 2021, foi criado um Conselho Acadêmico, formado por pessoas de destaque no ensino da Matemática e na promoção da Educação, de modo geral. Daí, uma longa fase de planejamento e discussões, durante todo o ano de 2022, definindo o formato e iniciando a busca de parcerias. Ressalta-se que todas as pessoas que encabeçam a iniciativa são voluntárias, inclusive os membros do Conselho Acadêmico.

Definiram, então, os critérios para a premiação: conhecimentos técnicos didáticos e depois uma demonstração de inovação e impacto na comunidade, através de três fases, envolvendo prova escrita, apresentação de vídeo e entrevista com o Conselho Acadêmico. O Projeto foi executado ao longo de 2023 e a premiação aconteceu em março de 2024.

Inscreveram-se 554 professores de 16 estados mais Distrito Federal – envolvendo todas as regiões do Brasil. Os 100 classificados foram chamados para a segunda fase, quando apresentaram um vídeo com ênfase na inovação acadêmica, no impacto nos alunos e no reconhecimento recebido. Passaram para a terceira fase 20 professores, quando foram entrevistados pelo Conselho Acadêmico. 

O mais curioso é que a maioria dos professores era da rede pública. Do total de 68 medalhistas, apenas 14 vieram de instituições particulares.

Os prêmios foram medalhas de ouro (10), prata (9) e bronze (49). Os que receberam a medalha de ouro foram contemplados com viagens para um evento de premiação, em Brasília (DF), a convite do Ministério de Educação (MEC), e depois uma visita à China, no terceiro trimestre de 2024, para conhecer centros de excelência em ensino de Matemática.

Seleção dos vencedores
Os vencedores da Olimpíada

“O projeto foi feito a zero custo, com doações pessoais de alguns colegas para viabilizar coisas simples, como domínio na Internet, por exemplo. O patrocínio foi obtido ao final, com foco na divulgação do evento e na logística dos professores vencedores”, conta Euben com orgulho, ratificando que todo o processo foi realizado de forma virtual, ao longo desses quase quatro anos.

A curto prazo, o objetivo do projeto é cumprir o calendário de viagens com os professores. “No longo prazo é consolidar a olimpíada, que é a primeira do gênero no País, em qualquer disciplina, e quem sabe ampliá-la para outras áreas do ensino. Planejamos ter uma nova edição em 2025” – já prospecta o iteano.

Euben faz uma conexão da capacidade de mobilização social do brasileiro – novamente em evidência no socorro que a sociedade civil do País inteiro está prestando aos flagelados do Rio Grande do Sul – com a formação da ITAEx.

“Estive presente à reunião em que nossos patronos fundadores fizeram o apelo à ação, aquele momento fundacional tão bonito. Em seguida, o que me impactou também foi o fato de serem pessoas já na casa dos seus 80 anos de idade e foram tratados com total igualdade e respeito, como se fossem veteranos ensinando sobre a escola em volta do ‘feijãozinho’, sem qualquer sinal de etarismo. Aquele chamado disparou um belíssimo movimento de toda a comunidade, que ainda está se alastrando, e pode trazer muitos frutos para o ITA e para o Brasil”, finaliza.

A ITAEx tem orgulho em compartilhar essa iniciativa contada por Euben Monteiro, um iteano que refletiu os ensinamentos do ITA num projeto que vai enaltecer o ensino da Matemática com resultados nos alunos, quem sabe, futuros iteanos.

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