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ITEANOS SE DESTACAM NO SETOR ESPACIAL

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A história da Fibraforte está ligada diretamente a iteanos dedicados em desenvolver um trabalho eficiente, sério e de alta tecnologia. Sediada em São José dos Campos, a empresa foi fundada em 1994 em vista das demandas de sistemas mecânicos para os programas de satélites. Mas, com a evolução e expertise, já trilha outros caminhos, atuando também no setor aeronáutico.

Sempre investindo em P&D, a empresa é apoiada por órgãos de fomento como a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico) e a FINEP (Financiadora de Estudo e Projetos).

Três iteanos foram os responsáveis pela iniciativa: Jadir Gonçalves (T85), Thomas Leomil Shaw (T85) e Estácio Terui (T85). Um deles, Jadir Gonçalves, conversou com a ITAEx, e contou um pouco da história dessa importante empresa para o setor.

Como ele nos disse: “Éramos três engenheiros aeronáuticos entusiastas pelo empreendimento. Atualmente, temos produtos na área espacial com maturidade tecnológica elegível para o mercado internacional, estou confiante em termos um caso de sucesso de exportação ao longo deste ano”.

Confira:

– Como surgiu a empresa?

A Fibraforte foi fundada por inspiração nas demandas de sistemas mecânicos para os programas de satélites em desenvolvimento pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) no início dos anos 1990, num período em que o INPE iniciava a prática de política industrial com envolvimento da iniciativa privada no desenvolvimento dos sistemas e não somente da fabricação.

Conquistamos o papel de fornecedores da parte mecânica de quatro tipos de antenas, e também o papel de coordenadores da engenharia e garantia do produto para a primeira geração do Programa CBERS (CBERS 1&2).

Os desenvolvimentos de tecnologias e produtos para satélites eram desafiantes, mas neste aspecto já tínhamos razoável aptidão. A gestão do negócio foi o grande aprendizado necessário para destacar e perenizar a Fibraforte no segmento aeroespacial brasileiro. 

– A Revista Pesquisa, da FAPESP, em 2017, destacou que o conhecimento para produzir propulsores de satélites estava restrito a uma dezena de empresas estrangeiras, e que a Fibraforte Engenharia estava prestes a entrar nesse time. Atualmente, qual é a posição da empresa no mercado global?

Nossas chances de fornecimento para integradoras de satélites estrangeiras eram muito baixas até o lançamento do satélite Amazonia-1 pelo INPE/AEB (Agência Espacial Brasileira), em fevereiro de 2021. Nossos propulsores para satélites, embora, extensivamente qualificados em solo, ainda não tinham experiência de voo. Agora, temos resultados da utilização de nossos propulsores em vida orbital com praticamente três anos de operação.

Outro passo importante para melhorar as possibilidades de internacionalização foi o Programa de Transferência de Tecnologia no contexto da aquisição pelo Brasil do satélite SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas) fornecido pela Thales Alenia Space (TAS), no qual a Fibraforte teve suporte para desenvolver outro propulsor e um tanque de propelente.

Desde 2022, temos tido oportunidades de oferecer nossos produtos para sistemas de propulsão para satélites para integradoras estrangeiras. Algumas dessas oportunidades surgiram através de um parceiro estratégico europeu que também atua na área de propulsão espacial e que tem significativa complementariedade ao portfólio da Fibraforte.

O momento atual de demandas de programas espaciais brasileiros fortalece nossas propostas para o mercado global. Estou confiante em termos um caso de sucesso ao longo deste ano.

– A Fibraforte sempre esteve envolvida com o desenvolvimento de tecnologias. Pode nos destacar quais são os projetos considerados “marcos” apoiados pela empresa?

O Projeto CBERS (sigla para China-Brazil Earth-Resources Satellite; em português, Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), cujas demandas foram a inspiração para o estabelecimento da Fibraforte, é sem dúvida o marco mais importante para a empresa. A segunda geração do CBERS nos consolidou na posição de design authority para estruturas espaciais.

Já o programa de desenvolvimento dos jatos da família EMB170/190 da Embraer colocou a Fibraforte atuante também no segmento aeronáutico. Somos fornecedores estratégicos da Kawasaki no projeto das estruturas das asas. Tivemos significante amadurecimento em negócios com empresas estrangeiras e excelente resultado financeiro que permitiu reinvestirmos em tecnologia e infraestrutura.

No Programa de Transferência de Tecnologia ligado ao SGDC, tivemos o Thales Alenia elevando nosso status de fornecedores de propulsores, tanques e sistemas de propulsão. Além de termos desenvolvido produtos com nível de qualificação exigido pelas integradoras de satélites estrangeiras, melhoramos significativamente a nossa visibilidade no mercado internacional.

– Além da propulsão de satélites, a que outros segmentos a Fibraforte tem se dedicado?

No segmento de satélites também desenvolvemos estruturas, mecanismos e equipamentos de apoio à integração e testes de satélites.

Ainda no segmento espacial, mas destinados aos veículos lançadores de satélites, estamos desenvolvendo sistema de propulsão e atuadores mecânicos para aplicação em controle de atitude dos lançadores atualmente em desenvolvimento para o programa espacial brasileiro.

Temos atuado também no segmento aeronáutico com suporte de engenharia no segmento de estruturas, além de fornecer dispositivos para testes de estruturas e mecanismos. A Fibraforte tem buscado oportunidades na área de defesa em sistemas mecânicos, tanto estruturas como mecanismos. É uma iniciativa de aplicar as nossas competências desenvolvidas para a área espacial e aeronáutica em sistemas de defesa.

Nossa empresa já está credenciada como Empresa Estratégica de Defesa (EED) pelo Ministério da Defesa.

– Hoje, quais são os principais clientes da Fibraforte?

Atualmente, os principais clientes da Fibraforte são o INPE/AEB e Visiona no segmento de satélites, e Cenic no segmento de lançadores.

– E o futuro – em que posição a empresa espera estar daqui a dez anos?

Temos como meta consolidar a Fibraforte como fornecedora global de sistemas de propulsão, propulsores e tanques de propelente para satélites, manter a posição de expoente nessa área no Brasil. Queremos solidificar também a atuação como fornecedores de sistemas para controle de atitude de veículos lançadores.

– O ITA é a formação de vocês – fundadores da empresa. Há mais iteanos participando desse time?

Hoje, além de mim e do Thomas como os atuais sócios da empresa, temos o apoio de alguns consultores iteanos: Marcus Siqueira (T76) em desenvolvimento de sistemas elétricos e automação, Carlos Barra (T84’), gerente de programas e Rommel Agnol (T85) que gerencia nosso sistema de TI.

– De que forma a cultura iteana contribuiu para o sucesso da Fibraforte?

O crédito atribuído a engenheiros oriundos do ITA é sem dúvida fator relevante no desenvolvimento de negócios nessa área de alta tecnologia e sistemas complexos aeroespaciais.

O comprometimento da Fibraforte com busca de soluções inovadoras e disposição de encarar desafios de alta complexidade também pode ser atribuído às experiências vividas no ITA.

Outra característica reconhecida com similaridade à cultura iteana, é a convivência harmoniosa e de confiança mútua no ambiente de trabalho e com parceiros.

– Falando agora da vice-presidência da AIAB (Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil), a qual você preside, na sua opinião: qual será o principal desafio do Brasil no setor aeroespacial nestes próximos dez anos?

Trabalhamos com muita dedicação para efetivar os projetos que estão hoje em execução no setor espacial que julgamos ter, de forma emergencial, reativado as atividades nas empresas brasileiras do setor espacial.

Porém a AIAB está convencida, e estamos trabalhando para isso, que precisamos estabelecer alguns pontos como a estrutura da governança do Programa Espacial Brasileiro para que tenha robustez administrativa e orçamentária; programas estratégicos de sistemas espaciais compatíveis com as competências das indústrias e orientados para as demandas nacionais; e associados aos programas estratégicos, fomentar o desenvolvimento de novas tecnologias e produtos para satélites e lançadores, também considerando as competências industriais e oportunidades de internacionalização.

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